segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nossa visita à 29ª Bienal de Artes de São Paulo!

A visita ocorreu em 20/10/2010, no período da manhã. Levamos um grupo de 19 mulheres que freqüentam regularmente as oficinas de informática e artesanato, e três crianças (filhos das participantes).
Alugamos um microônibus para a locomoção e conforto das “navegantes”, por serem a maioria mulheres adultas acima de 40 anos, e algumas com leve dificuldade .
Desde o inicio, todas estavam ansiosas para a visita, nunca haviam visitado antes uma Bienal.
Foram participativas, se expressaram, contextualizaram, prestaram muita atenção nas explicações do monitor que acompanhou. De forma geral, a visita foi qualitativa com resultados significantes na vida de cada uma. Por se tratar da Bienal de Artes de SP, tiveram contato com obras de artistas contemporâneos de vários paises.


Abaixo, algumas imagens desde a nossa saída do Promover. Após a visita, em oficina, coletamos alguns depoimentos para sabermos como foi a experiência para o grupo. Através dos relatos, podemos sentir como se faz importante passeios culturais, o quanto contribuem para o crescimento e desenvolvimento do "capital cultural", resgate de auto-estima, são inúmeras as possibilidades positivas dentro deste processo.
O processo em grupo faz com que os envolvidos verbalizarem com outros suas lembranças, seus saberes e cultura, além de sensibilizar o olhar para que possamos perceber o mundo em nossa volta.
A certeza que fica, é que será sempre uma boa lembrança para cada uma que esteve presente.



algumas imagens do nosso percurso...

Os links que estão disponibilizados, são referentes ao site da Bienal de Artes de SP. Click para conhecer mais sobre os artistas e obras.

Obra de Tatiana Blass - "Metade da fala no chão – piano surdo faz parte de uma série em andamento, sempre realizada a partir de intervenções da artista sobre instrumentos musicais. Na Bienal, um piano de calda recebe, enquanto tocado, um derramamento de cera líquida em suas cordas." http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/Participantes/Paginas/participante.aspx?p=171



ouvindo a explicação do monitor...





Obra de Tatiana Trouvé: precisa e rigorosa, a obra 350 Points towards Infinity redefine uma área onde inúmeros pêndulos presos ao teto cruzam-se em diagonais e imobilizam-se pouco antes de tocar o solo, que guarda um campo magnético invisível. http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/Participantes/Paginas/participante.aspx?p=133

350 pontos rumo ao infinito!!!


Abaixo depoimento de Dna. Sofia Helena:
“Muito bom e importante! O que marcou foi a obra “350 pontos rumo ao infinito”, senti como se eu estivesse no centro da cidade, no transito entre pedestres e veículos, bicicletas... Foi interessante, coisas que jamais pensei em ver, poderia ter visto quando menina, mas agora aos 65 anos que posso ver a inteligência do homem.”

Artistas: Raqs Media Collective

Uma obra que chamou a atenção de Selma, participante de nossas oficinas. Abaixo o seu depoimento:
"Gostei muito! A historia de vida das irmãs, mostrando cada fase da vida delas, crianças, adultas, gravidez e depois com os filhos, achei interessante. Tem coisas que não quero lembrar e outras que não quero nunca esquecer, como o nascimento da minha filha, ficava pensando como pode uma pessoinha dentro de mim!
Identifiquei-me com os relógios, vários relógios e palavras dando um significado para as horas, o que eu entendi é que o relógio tinha alegria, tristeza, felicidade; senti que refletia o que eu estou vivendo agora. Tem dia que eu estou triste, alegre...representou como se fosse a minha vida o que estou vivendo hoje." (
Selma de Jesus).

"Passeio divertido, achei interessante a obra que os homens se vestiam de mulher, de outra obra que mostrava o crescimento de uma pessoa. Chamou à atenção a obra que uma mulher vai mudando conforme a hora do relógio." Antonia Otacília

http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/Participantes/Paginas/participante.aspx?p=170
Em Escapement, 27 relógios são expostos em diferentes alturas e, em vez de indicar a hora do dia, apresentam ponteiros executando um percurso circular por sentimentos como êxtase, culpa, dever, ansiedade e medo.

Colagens do artista Marcelo Silveira, um trabalhoo que encantou!

Inconstância semelhante é encontrada nas colagens que Marcelo Silveira tem produzido em anos recentes: são imagens feitas de fotografias encontradas em fontes diversas, que são cortadas e rearranjadas pelo artista de modo único.




outros caminhos percorridos...

Abaixo de um longo quadro-negro, montes de pó de giz repousam denunciando tudo que um dia ali já foi expressado. Da mancha branca sobre o quadro, avistam-se versões, dizeres e paisagens deixadas para trás.
http://www.29bienal.org.br/FBSP/pt/29Bienal/Participantes/Paginas/participante.aspx?p=76




"Foi bom me fez lembrar da infância, o lado bom da infância, os sonhos... Das coisas que a gente quer! Gostei de várias obras, da “dança de salão”, a “lousa” marcou muito, me fez lembrar a fase da infância e adolescência, quando eu estudei, foi a melhor fase da minha vida. Eu tinha tanta vontade de estudar e não podia, e muitas vezes não tinha nem um lápis para escrever, quando eu conseguia juntar um dinheiro: comprava material. Hoje os jovens não dão valor aos estudos. Ver a obra da lousa foi tudo! Lembrei de tudo! (Marli de Jesus)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010